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Hepatite C – Riscos de transmissão e tratamento

O que é e como passa

A Hepatite C é uma doença hepática, causada pelo Vírus da Hepatite C (VHC), que causa inflamação crônica do fígado. A doença pode ser diagnosticada através de exames de sangue e costuma ser assintomática até chegar em sua fase avançada, quando já pode estar presente a disfunção hepática, a cirrose ou até mesmo o câncer de fígado.

Sua transmissão ocorre normalmente através do sangue, seja por transfusão sanguínea (muito comum antigamente, mas raro hoje em dia) ou pelo contato de objetos cortantes ou perfurantes contaminados, como agulhas ou alicates de unha.

O risco de transmissão sexual é baixo, porém existe, e pode ser evitado com o uso de preservativos.  A transmissão através do beijo é pouquíssimo provável, mas pode ocorrer quando ambos possuem algum corte ou ferida aberta na região da boca, permitindo a transmissão do vírus. 

Na gravidez, o risco de transmissão é de 6%, podendo ocorrer durante a gestação ou no momento do parto, por isso é importante manter os exames e acompanhamento pré-natal em dia.

A amamentação não deve suspensa. Muitas vezes, por falta de preparo e conhecimento, médicos e enfermeiros proíbem mães portadoras de Hepatite C de amamentarem, no entanto, com o devido cuidado, isso não é necessário. O leite materno, apresenta uma ação antiviral exclusiva, que inativa o vírus. Estudos demonstram que as chances de transmissão entre mãe e filho, durante a amamentação, não apresentam aumento significativo. Além disso, os benefícios do leite materno para o bebê suplantam os riscos.

O cuidado deve ser tomado em caso de feridas e rachaduras nas mamas, que apresentem sangramento. Nesses casos, o recomendado é pausar a amamentação até a cicatrização total das feridas.

Prevenção e tratamento

É preciso estar atento a higienização correta de objetos compartilhados, como navalhas, alicates de unha, pinças e ferramentas odontológicas, e no descarte adequado, após o uso, de seringas, lâminas e agulhas de tatuar. O uso de preservativos sexuais também são uma importante forma de prevenção.

Atualmente, com a combinação de medicamentos antivirais, é possível alcançar o que chamamos de “resposta virológica sustentada” em 90% dos casos, quando não é mais possível detectar o vírus no sangue, o que é equivalente à cura da doença. Entretanto, há a possibilidade de o vírus ressurgir, por isso é importante manter o acompanhamento médico mesmo após o tratamento.

Os medicamentos utilizados no tratamento da Hepatite C podem causar efeitos colaterais, como dor muscular, fadiga, depressão e perda de apetite. Quando esses efeitos são muito fortes, é preciso interromper o uso da medicação.

Portanto, o melhor tratamento ainda é a prevenção.

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