Dia 27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos e a campanha “Setembro Verde”, realizada no decorrer deste mesmo mês, foi criada para conscientizar a população sobre o quão importante é o ato da doação. Assim, o Ministério da Saúde e ONGs reúnem esforços e trabalham em prol deste tema. Sabemos que perder um familiar é muito difícil, e dizer sim, nesse momento pode ser delicado e doloroso, mas também é o marco de uma nova vida para milhares de pessoas.
IMPORTANTE
O Ministério da Saúde, informou que em 2018, 26.518 transplantes foram efetuados. Dentre eles, 5.999 foram transplantes de rins, 2.877 de medula óssea e mais de 14.000 de córnea. Também foram realizados transplantes de fígado, coração, pulmão e pâncreas.
As filas de pacientes à espera de um órgão são grandes, porém o número de doadores é muito inferior. A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) afirma que em 2018, 32.716 pessoas esperavam na fila de órgãos, sendo 21.962 para rim e 8.574 para córnea.
Em 2021, a ABTO fez um levantamento que aponta queda de 26% no número de transplantes no país, por conta da pandemia de Covid-19. Entre os procedimentos mais afetados estão os transplantes de fígado (28%), coração (34%), rim (34%) e pulmão (62%). Os motivos para essa queda são os riscos de contaminação e lotação das UTIs.
Com o maior sistema público de transplantes do mundo, o Brasil ocupa a 2ª posição em números absolutos de transplantes, mas segundo as estatísticas da ABTO, isso não é o suficiente. Mais de 40% das famílias não autorizam a doação, devido ao tabu relacionado ao assunto morte.
REVERTER O QUADRO
Reverter esse quadro é preciso e a campanha “Setembro Verde” tem grande importância, ao trazer este assunto à tona, fornecendo informações à população.
No Brasil, existem leis que regulamentam o processo de captação e doação no transplante de órgãos e tecidos. Deixar claro o desejo de doação é importante, já que para se tornar um doador, não é preciso que haja qualquer documento por escrito.
A doação deve ser autorizada por familiares, após a morte encefálica, que é diagnosticada por equipe especializada, com toda a segurança necessária. A doação em vida também pode ocorrer, desde que não comprometa a sua saúde, sendo permitida para o transplante de tecidos, fígado, rim, pulmão e medula óssea.
ENTENDA
- Você pode doar;
- Todos são potenciais doadores;
- Comunique seu desejo à família;
- Toda religião é a favor da vida (doação);
- Doando, você pode salvar cerca de oito vidas;
- Morte encefálica é um diagnóstico seguro;
- O corpo não fica deformado com a doação;
- O SUS arca com o processo de retirada dos órgãos;
- O receptor é indicado pela Central de Transplante, conforme a lista de espera.
Doar órgãos é um gesto nobre, que tem o poder de salvar vidas. O transplante muitas das vezes é a única esperança de uma nova vida, por isso é muito importante a conscientização desse ato. Muitas vezes, você pode nem imaginar, mas hoje um desconhecido precisa de um órgão, amanhã pode ser alguém próximo, um familiar ou até mesmo você. Doar é permitir a continuidade da vida.
Seja também um doador!