Os cistos hepáticos são lesões comuns no fígado, que ocorrem em até 20% da população.
Podem ser classificados como parasitários ou não-parasitários, sendo os últimos os mais comuns. O tratamento dos cistos irá depender de cada tipo e deve ser avaliado individualmente.
Cisto Hidático:
Causado principalmente pela infecção parasitária de equinococose (Echinococcus granulosos). No Brasil, é mais prevalente no sul e extremo norte do país. A apresentação mais comum é de um cisto grande com vários cistos menores dentro. A cirurgia é o tratamento mais eficaz, retirando o segmento do fígado afetado pelo cisto.
Cisto simples:
É o tipo mais comum. Normalmente são pequenos e assintomáticos, podendo ser apenas observados, sem necessidade de cirurgia. Em raros casos podem ser volumosos e causar dor abdominal. Para esses casos, o tratamento é cirúrgico, pela técnica de destelhamento, por laparoscopia.
Cistoadenoma (Neoplasia Cística Mucinosa Não-Invasiva):
Relativamente raro, é um tumor benigno, mas com potencial de malignização. É mais frequente em mulheres maiores de 50 anos. Podem atingir grande tamanho, causando dor e aumento do volume abdominal. O tratamento é sempre cirúrgico, através de hepatectomia, seja por via aberta ou laparoscópica. A ressecação parcial do cisto é contra-indicada devido à chance de recorrência.
Doença policística do fígado:
Doença cística do fígado que faz parte de um espectro de alterações genéticas, que incluem também a doença renal policística. É caracterizado pela presença de múltiplos (às vezes, incontáveis) cistos hepáticos. O tratamento cirúrgico é indicado em casos sintomáticos ou com complicações (sangramentos ou abscessos), podendo ser realizado o destelhamento do cisto dominante e/ou hepatectomia. Em casos raros, quando há perda da função hepática, pode ser indicado o transplante hepático.