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Adenoma hepático: um tumor silencioso

O Adenoma hepático, ou adenoma hepatocelular, é um tumor benigno do fígado, muito associado ao uso exógeno de hormônios.

Na maioria dos casos, o paciente não apresenta qualquer sintoma, sendo a lesão identificada por acaso, em exames de imagem da região abdominal, durante investigação de outras doenças. Em alguns pacientes, pode existir uma dor leve e constante na área superior direita do abdômen.

Apesar de benigno e muitas vezes não apresentar riscos, é preciso mantê-lo em observação, pois pode ocorrer degeneração maligna ou sangramento dentro do adenoma, o que gera uma dor abdominal aguda e intensa e, em alguns casos, complicações mais graves.

Por isso, o diagnóstico e avaliação precoce do adenoma são fundamentais para redução de riscos de complicações. Veremos a seguir como evitar, identificar e tratar estes adenomas.

O que causa o adenoma hepático?

O adenoma está relacionado aos níveis hormonais elevados de estrogênio.

Este hormônio faz parte da composição de certos anticoncepcionais, tornando-se um fator de risco mais recorrente em mulheres. O uso prolongado de contraceptivos hormonais, pode gerar adenomas hepáticos no fígado da mulher.

Nos homens, apesar de menos frequente, sua causa costuma estar atrelada ao uso de anabolizantes, que também aumentam a presença de estrogênio no organismo.

A doença de von Gierke ou Glicogenose tipo I é um distúrbio metabólico hereditário que pode gerar complicações hepáticas como o adenoma do fígado, geralmente entre os 20 e 30 anos.

Quais são os sintomas?

Na maioria dos casos é uma doença assintomática, passando despercebida pelo paciente.

No entanto, em alguns casos pode causar uma leve dor constante na região superior direita do abdômen ou na região epigástrica.

Em alguns casos, o adenoma pode apresentar sangramento, oque pode evoluir para hemorragia interna na cavidade abdominal. Esse rompimento causa dores abdominais intensas de forma repentina e que não diminui, além de demais sintomas de choque hemorrágico, como hipotensão arterial, taquicardia, sudorese (suor excessivo) e sensação de desmaio. Neste caso, deve-se ir imediatamente ao hospital para controle do sangramento.

Diagnóstico, Tipo e Tratamentos:

Como na maioria dos casos não há sintomas, o adenoma hepático é normalmente identificado durante exames de imagem, que investigam outro problema da região abdominal.

Neste caso, deve-se buscar o auxílio de um médico especialista em cirurgia do fígado, para exames mais específicos, diagnóstico correto e orientações de tratamento.

O diagnóstico especializado determinará o tipo de adenoma e seu tratamento:

  • Mutação ß-catenina: são cerca de 10 a 15% dos casos e demonstram maior risco de degeneração maligna;
  • Inflamatório: é o tipo mais comum, possuem menores chances de evolução para maligno, mas maiores chances de sangramento;
  • Mutação HNF1α: representando de 30 a 40% dos casos, é o segundo tipo mais comum;
  • Não classificável: Como o nome já diz, são casos em que não se consegue classificar o tumor em nenhum dos tipos acima, sendo este tipo o mais raro.

Na maior parte dos casos, se recomenda a observação contínua do adenoma e a suspensão de uso do anticoncepcional, para verificar se há uma regressão natural do tumor ou até seu desaparecimento. Adenomas que permanecem grandes ou apresentam crescimento, mesmo após a retirada do anticoncepcional, devem ser tratados cirurgicamente.

Atenção especial deve ser dada aos pacientes do sexo masculino, pois normalmente apresentam adenomas com mutação ß-catenina e a cirurgia está quase sempre indicada.

Busque sempre orientação médica para uso de qualquer remédio e tratamentos hormonais. E mantenha sempre o acompanhamento médico em dia, realizando avaliações regulares de sua saúde.

Em caso de suspeitas ou dores, consulte sempre um especialista!

Para maiores detalhes entre em contato e agende sua consulta!

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