O colangiocarcinoma, ou câncer de vias biliares, é um tipo raro de tumor maligno de fígado que se forma nos canais biliares, podendo ser classificado em intra-hepático (quando se forma no canal dentro do fígado) ou extra-hepático (quando se forma no canal externo ao fígado). Também são chamados de Tumor de Klatskin quando se formam na confluência dos os canais biliares principais.
Este câncer surge normalmente a partir dos 50 anos, principalmente aos 70 anos, mas alguns fatores de risco como colangite esclerosante primária e cistos de colédoco podem antecipar seu surgimento em até 20 anos.
Quais são as causas?
As causas mais comuns estão na exposição a parasitas do fígado e doenças hepáticas como:
- Cisto colédoco – condição de nascença, esta doença causa a dilatação dos ductos biliares, com uma incidência de colangiocarcinomas de 28% dos casos;
- Colangite esclerosante – cerca de 30% dos pacientes que desenvolvem o colangiocarcinoma possuem esta doença autoimune inflamatória, que leva à fibrose e estenose dos canais biliares;
- Parasitas – mais comum em países asiáticos, como a Tailândia, infecções causadas por parasitas como Clonorchis e Opisthorchis podem causar o câncer biliar intra-hepático;
- Vírus das hepatites B e C e Cirrose – são fatores que aumentam o risco de surgimento do colangiocarcinoma, mas com uma chance muito menor que o de desenvolver o hepatocarcinoma.
Estudos também demonstram outros possíveis fatores de risco como obesidade, diabetes, HIV, síndrome metabólica, assim como a exposição ao trabalho em indústrias químicas, automobilística, madeireira e de borracha, mas ainda não há um consenso sobre estes fatores.
Sintomas e Diagnóstico
Os sintomas se assemelham a de outras doenças hepáticas e podem variar de acordo com a localização do tumor: quando localizado nos ductos biliares dentro do fígado podem causar dor abdominal sem amarelamento da pele e olhos, já em casos do tumor nos ductos extra-hepáticos (fora do fígado) é mais recorrente a icterícia.
Confira os principais sintomas:
- Dor abdominal
- Perda de peso
- Pele e olhos amarelados (icterícia)
- Coceira na pele (prurido)
- Fezes esbranquiçadas / urina escura
- Febre
Outro apontamento se dá pelos exames de sangue de função hepática, na investigação de icterícia, que apresenta níveis altos de bilirrubina, gamaglutamiltranspeptidase e fosfatase alcalina e níveis moderados de transaminases, acusando um quadro obstrutivo dos ductos biliares.
Constatada as suspeitas, o médico indicará os exames de investigação, que podem ser ultrassonografias endoscópicas, tomografias computadorizadas, ressonância magnética, cirurgia investigatória, entre outras.
Pacientes que possuem colangite esclerosante, tem cerca de 15% de risco de desenvolver este câncer, por isso devem manter exames de rotina anuais e em caso de possuírem cirrose, os exames devem ser a cada 6 meses.
Quanto antes se inicia o tratamento, melhor os resultados e menores os riscos.