Cálculos biliares, popularmente conhecidos como pedra na vesícula, são formados por colesterol e sais biliares, substâncias que compõem a bile, que fica armazenada na própria vesícula. Tais cálculos podem ser únicos ou múltiplos e ocorrer em diversos tamanhos, desde um grão de areia até o tamanho de uma bola de gude.
Quais são os principais sintomas da pedra na vesícula?
Muitos casos de pedra na vesícula não apresentam sintomas e podem passar a vida toda sem serem descobertos. Estima-se que apenas 20% a 30% apresentarão sinais em um período de 20 anos, sendo que apenas 1% terá complicações mais sérias.
Nos casos em que existem sintomas, podemos observar dor intensa do lado direito superior do abdômen, que pode se irradiar para as costelas, boca do estômago ou para as costas. Essa dor costuma aparecer meia hora após uma refeição, principalmente com alimentos ricos em gorduras. Em alguns casos pode vir acompanhada de náuseas e vômitos.
Os principais sintomas associados à cálculos biliares são:
- Dor abdominal do lado direito após uma refeição;
- Enjoo e vômitos;
- Dor nas costas;
- Diarreia e gases;
- Perda de apetite;
- Má digestão e dor de cabeça.
Deve-se procurar assistência médica sempre que apresentar esses sintomas de modo recorrente.
Confira as principais causas e fatores de risco da pedra na vesícula
- Sexo: As mulheres têm 2-3 vezes mais chances de desenvolver do que os homens.
- Idade: Ocorre principalmente em quem possui mais de 40 anos.
- Fertilidade: Mulheres com filhos têm chances maiores de ter cálculos biliares.
- Gravidez: Pedras na vesícula são mais frequentes durante a gravidez, pois as alterações hormonais reduzem a velocidade de esvaziamento da vesícula biliar, facilitando o acúmulo de bile no seu interior.
- Perda de peso acentuada: quase 50% dos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica apresentarão cálculos na vesícula biliar no pós-operatório.
- Fatores genéticos: É comum que, em uma mesma família, existam vários casos de cálculos biliares.
- Ocorrência de doenças raras: As anemias hemolíticas,como anemia falciforme ou talassemia, por exemplo, levam a formação de cálculos de pigmentos biliares.
- Obesidade: Pessoas obesas ou com sobrepeso normalmente apresentam altas taxas de colesterol, o que favorece a formação de pedras na vesícula.
- Sedentarismo: A pessoa que não pratica nenhum tipo de atividade física favorece o acúmulo de gordura abdominal e aumento do colesterol, levando à formação das pedras.
- Diabetes Mellitus: Na diabetes há elevada concentração de triglicerídeos, o que aumenta as chances de aparecimento de pedras.
Como é feito o diagnóstico:
O método de avaliação preferencial para pacientes com suspeita de cálculos biliares é a ultra-sonografia do abdome, que apresenta índices de acerto de 95 a 99%. Suas vantagens vão além da eficácia. Este é um método não invasivo, que não exige anestesia, sem irradiação e desprovido de efeitos colaterais.
Quando há suspeita de que um cálculo tenha se movido da vesícula biliar em direção à via biliar principal, conhecido como coledocolitíase, costuma ser recomendada também a realização de ressonância magnética.
Como é o tratamento indicado?
O tratamento para cálculos biliares é cirúrgico, através da colecistectomia, remoção cirúrgica da vesícula biliar. Este tratamento é feito por via minimamente invasiva, através de pequenas incisões, causa pouco desconforto pós-operatório, oferecendo um ótimo resultado estético e rápido retorno às atividades do dia a dia.
Os pacientes não operados apresentam um risco maior de evoluírem com complicações associadas aos cálculos biliares, como colecistite aguda, pancreatite agudaou colangites. Nesses casos, é necessário se submeter à cirurgia de emergência.
Fique atento a tudo que envolve a pedra na vesícula! Caso você sinta dores intensas e persistentes no lado direito do abdômen, procure imediatamente o seu médico para que ele realize os exames necessários para o diagnóstico.
