Os pólipos de vesícula biliar são caracterizados pelo crescimento anormal das células da camada mais interna da parede da vesícula, formando um pequeno nódulo, que se projeta para o interior deste órgão. Sua incidência é estimada em 5% da população mundial.
Como a imensa maioria é assintomática, eles costumam ser identificados incidentalmente, durante exames de imagem (normalmente ultrassonografia) por outros motivos.
Estudos já mostraram que em torno de 95% dos pólipos, identificados em exames de imagens, são benignos e não necessitam tratamento, apenas observação clínica, com exames de controle periódicos. Os 5% restantes devem ser operados devido ao risco de serem malignos ou potencial de malignização.
Mas quando devemos operar um pólipo de vesícula?
Confira os fatores de risco para malignidade que devem ser levados em consideração:
- Tamanho do pólipo > 10mm;
- Presença de sintomas;
- Paciente com mais de 50 anos;
- Pólipo de aspecto séssil;
- Paciente com colangite esclerosante primária;
- Paciente de etnia indiana.
De todos esses, o tamanho maior que 10mm é o principal, pois é o que apresenta maior potencial de malignidade, estando a cirurgia sempre indicada! Para os demais fatores, a cirurgia está indicada quando o pólipo for maior que 5mm.
Para todos os casos, a cirurgia inicial a ser realizada é a colecistectomia (retirada da vesícula) para análise do pólipo. Caso seja confirmada a presença de um tumor maligno, pode ser necessário complementar o tratamento com hepatectomia (retirada de um segmento do fígado).
Sempre que um pólipo de vesícula for identificado, a avaliação de um cirurgião especialista é muito importante para definir a melhor conduta e tratamento.