RACIONAL: O câncer colorretal geralmente metastatiza para o fígado. Hepatectomia associada à quimioterapia sistêmica é potencialmente curativa para metástases hepáticas colorretais, entretanto, muitos pacientes apresentarão recidiva após a cirurgia. Em casos selecionados, a re-hepatectomia é viável, com relatos de melhora na sobrevida global.
OBJETIVO: Analisar pacientes com metástase hepática colorretal operados em três centros do Rio de Janeiro, nos últimos 10 anos, comparando as morbidades da primeira hepatectomia e da re-hepatectomia.
MÉTODOS: De junho de 2009 a julho de 2020, 192 pacientes com metástase hepática colorretal foram submetidos à hepatectomia em três hospitais do Rio de Janeiro. Os dados dos pacientes, cirurgias e desfechos foram coletados de um banco de dados mantido prospectivamente. Pacientes submetidos à primeira hepatectomia e re-hepatectomia foram classificados como Grupo 1 e Grupo 2, respectivamente. Os dados dos grupos foram comparados e o valor de p < 0,5 foi considerado significativo.
RESULTADOS: Dentre 192 pacientes, dezesseis foram excluídos. Dos 176 pacientes restantes, 148 e 28 foram incluídos dos Grupos 1 e 2, respectivamente. Cinquenta e cinco (37,2%) pacientes no Grupo 1 e treze (46,5%) no Grupo 2 apresentaram complicações pós-operatórias. Comparando os Grupos 1 e 2, não foi observada diferença estatística entre o número de pacientes com complicações pós-operatórias (p = 0,834), complicações menores (p = 0,266) ou maiores (p = 0,695) e óbitos (p = 0,407).
CONCLUSÕES: Não foram registradas diferenças na morbidade ou mortalidade entre os pacientes submetidos à primeira ou à re-hepatectomia em pacientes com metástase hepática colorretal, o que sustenta que a re-hepatectomia pode ser realizada com resultados comparáveis à primeira hepatectomia.
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