INTRODUÇÃO: A vesícula biliar residual é a parte remanescente da vesícula biliar não ressecada durante a colecistectomia subtotal. Esta técnica é utilizada principalmente em casos de colecistite, para evitar lesões biliares. Em alguns pacientes, a vesícula biliar residual pode se tornar sintomática, causando sintomas relacionados a cálculos biliares, como colelitíase sintomática, coledocolitíase e pancreatite biliar.
RELATO DO CASO: Descrevemos dois pacientes, um homem de 52 anos e uma mulher de 67 anos, respectivamente, submetidos à colecistectomia há 16 meses e 24 anos atrás, que apresentavam principalmente dor abdominal após a alimentação. A ultrassonografia abdominal identificou a vesícula biliar remanescente no primeiro caso. O segundo paciente foi tratado erroneamente para gastrite por um ano, até que a vesícula biliar residual foi confirmada por colangioressonância magnética. Os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico, com bons resultados.
CONCLUSÃO: A vesícula biliar residual sintomática deve ser suspeitada em pacientes previamente submetidos à colecistectomia, apresentando sintomas sugestivos de cólica biliar. Os sintomas podem surgir muitos anos após a cirurgia inicial. Por ser uma condição rara, é necessário alto grau de suspeição e exames de imagem são importantes para confirmar o diagnóstico. É preciso cautela durante a cirurgia, devido às aderências ao pedículo hepático e ao risco de lesão do colédoco.
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